domingo, 28 de agosto de 2016

Ovários policístico: O que é?

A síndrome dos ovários policísticos (SOP), também chamada de síndrome dos ovários micropolicísticos (SOMP), é uma doença caracterizada pela presença de múltiplos (mais de 12) pequenos (menores que 10 mm) “cistos” nos ovários, associados a uma desregulação do ciclo ovulatório e dos hormônios femininos. A presença destes achados nos ovários sem sintomas caracteriza apenas ovários policísticos (OP). Este é um termo inadequado, pois não são cistos verdadeiros devido ao seu diminuto tamanho, e sim folículos, porém devido ao seu uso difundido, seu uso ficou imortalizado.

Sintomas

- Irregularidade menstrual e ausência de menstruação. Cerca de 90% das pacientes que apresentam ciclos menstruais irregulares possuem a Síndrome dos Ovários Policísticos, porém cerca de 20% de mulheres normais apresentam critérios de ovários policísticos ao ultrassom. Existem diversos tipos de irregularidades menstruais. Os tipos mais presentes na SOP são a oligomenorreia e a amenorreia. Oligomenorreia é o aumento do intervalo do ciclo menstrual em mais de 35 dias. Já a amenorreia é a ausência da menstruação por mais de 3 ciclos.

- Hirsutismo – Aumento dos pelos no rosto, seios e abdômen.
- Acne - Em virtude da maior produção de material oleoso pelas glândulas sebáceas;
- Infertilidade - Anovulação (ausência de ovulação) crônica
- Acantose nigricans - Aumento da pigmentação da pele nas regiões da nuca, dobras cutâneas, articulações ou cotovelos, tonando-as enegrecidas (ver figura)



Causas

Não foi estabelecida ainda a causa específica da síndrome dos ovários policísticos. Mas uma coisa deve ser clara, os ovários não são os vilões e sim as vítimas dos distúrbios hormonais, e seu aspecto ao ultrassom não passa de um achado que deve ser bem avaliado e associado aos sintomas clínicos.

Diagnóstico

- Oligo ou anovulação;
- Sinais clínicos e ou bioquímicos de hiperandrogenismo;
- Ovários policísticos à ultrassonografia: 12 ou mais folículos medindo 2 a 9 mm de diâmetro e volume ovariano aumentado (ver figura)

Ou seja, segundo estes critérios, se uma mulher com diagnóstico ultrassonográfico de ovários policísticos fizer um ultrassom e naquele mês ovular, poderá ser encontrado no ultrassom um folículo dominante (“cisto” com mais de 10 mm) que produzirá o óvulo, e o diagnóstico ultrassonográfico de ovários policístico não poderá ser dado naquele mês, e no mês seguinte se não ocorrer ovulação será encontrado apenas folículos com menos de 10 mm e novamente será dado o diagnóstico de ovários policísticos.
Portanto, apresenta ao ultrassom ovários com padrão policísticos é diferente de ter a síndrome dos ovários policísticos, o achados ultrassonográficos devem ser sempre associados aos sintomas clínicos. “A clínica é soberana”. Neste caso, se a suspeita de SOP é forte, o ultrassom deve ser repetido em ciclo subsequente, pois a mulher pode ter síndrome dos ovários policísticos sem ter ovários policísticos.

Recomendações

* Consulte regularmente seu ginecologista. Não deixe de fazer o exame ginecológico e outros que ele possa indicar; o profissional que te acompanha indicará o melhor tratamento.
* Não se descuide. Mulheres com ovários policísticos correm maior risco de desenvolver problemas cardiovasculares na menopausa;
* Controle seu peso. A obesidade agrava os sintomas da síndrome do ovário policístico.
* Considere mudanças na dieta, para controlar os níveis de insulina no sangue
* Faça atividades físicas.

Gestação e SOP

Ter SOP dificulta engravidar devido a irregularidade menstrual e anovulação. O tratamento pode ser acompanhado por ultrassom endovaginal seriado para controle de ovulação feito em dias alternados permitindo o seguimento destes folículos até que um deles cresça e se torne o folículo dominante que produzirá o óvulo para fecundação, aumentando as chances do casal engravidar, ou seja, o exame permite saber se o ciclo atual está tendo ovulação e o período provável em que ela ocorrerá.
A gestação em mulheres com Síndrome dos Ovários Policísticos, quando confirmada, requer alguns cuidados especiais, visto que as pacientes apresentam um risco maior para abortamento e maior probabilidade de desenvolverem diabetes gestacional. O pré-natal e o acompanhamento médico devem ser realizados de maneira mais cuidadosa nesses casos.

Complicações

Ter síndrome dos ovários policísticos torna as seguintes complicações mais favoráveis, especialmente quando associadas com a obesidade:
• Diabetes tipo 2
• Pressão alta
• Colesterol e triglicérides elevados
• Doença cardiovascular
• Síndrome metabólica
• Infertilidade
• Esteatose hepática não alcoólica
• Apneia do sono
• Sangramento uterino anormal
• Câncer de endométrio e de mamas, causado pela exposição a altos e contínuos níveis de estrógeno
• Diabetes gestacional ou pré-eclâmpsia.

OBS.: ESTE ARTIGO NÃO TEM O INTUITO DE DIAGNOSTICAR OU TRATAR QUALQUER DOENÇA OU SINTOMA, E SIM INFORMAR. TODAS AS INFORMAÇÕES CONTIDAS NESTE SITE PODEM SER ENCONTRADA EM BULAS E ARTIGOS ESPECÍFICOS SOBRE A MEDICAÇÃO OU A DOENÇA EM QUESTÃO. SE VOCÊ SOFRE DE QUALQUER DISTÚRBIO, PROCURE UM MÉDICO, POIS SOMENTE UM PROFISSIONAL MÉDICO TERÁ CAPACIDADE DE DIAGNOSTICÁ-LO E TRATÁ-LO. NÃO USE QUALQUER MEDICAMENTO SEM CONHECIMENTO E LIBERAÇÃO PELO MÉDICO QUE TE ASSISTE.

domingo, 21 de agosto de 2016

É SEGURO MISTURAR ÁLCOOL COM ENERGÉTICOS?

É cada vez mais comum a mistura de álcool com energéticos tipo Red Bull, TNT e outros, principalmente entre jovens que acabam não entendendo o real benefício do do uso dessas bebidas. Os energéticos aumenta o estado de alerta da mente e do corpo


Ricas em substâncias estimulantes como cafeína, guaraná, taurina, glucoronolactona e efedrina, dependendo do fabricante, os energéticos ajudam a recuperar a energia e levam à percepção falsa de uma menor embriaguez. Testes realizados mostram diminuição da acuidade visual e reflexos com ou sem o uso de das substâncias, ou seja, a intoxicação pelo álcool é exatamente igual. O álcool é um depressor do sistema nervoso central e o energético é estimulante, e isso acaba gerando a ingesta cada vez maior de ambas as substâncias. O jovem, portanto, têm a sensação que não está embriagado e acaba ingerindo cada vez mais álcool; e não percebe que não está, por exemplo, apto a dirigir. Além desse grave problema que pode colocar a vida dele e de outras pessoas em risco, há também o perigo da própria interação das substâncias no organismo. A ingesta cada vez maior pode acarretar complicações como o coma alcoólico e arritmias cardíacas, e mesmo que a maioria dos casos seja com pessoas jovens e sem histórico de cardiopatias ou outras doenças, e por isso as chances seriam menores, existem sim casos de convulsões e morte súbita na faixa etária.

Como a cafeína e outras substâncias são diuréticos, sua associação com o álcool pode levar a desidratação que além de piorar a ressaca no dia seguinte, pode trazer prejuízos diversos ao corpo.
  • atribuição de poder (húngaro Hell - "inferno" em português, com a figura do diabo como símbolo),
  • alucinantes (austríaco Flying Horse - "cavalo voador" em português),
  • detonadores (Burn, da Coca-Cola, "queimar" em português), TNT (da Cervejaria Itaipava - RJ - sigla para "trinitrotolueno", explosivo),
  • atribuição de força (austríaco Red Bull - "touro vermelho" em português), (RefriagoSpeed "em português velocidade


domingo, 7 de agosto de 2016

PEDRA NOS RINS: SINTOMAS, CAUSAS E TRATAMENTO.


O QUE É PEDRA NOS RINS? 

A litíase renal, cálculo renal, urolitíase ou nefro litíase, popularmente conhecida com pedra nos rins é um agregado cristalino sólido que se forma nos rins e representa uma importante causa de dor (considerada pela literatura médica uma das piores dores enfrentadas pelo ser humano, comparável à do parto, câncer ou infarto). Os cálculos podem ser encontrados nos rins e se deslocarem para os ureteres, bexiga e uretra. 80% dos cálculos renais ocorrem em homens. É mais comum também em indivíduos com diabetes tipo 2, hipertensão arterial, gota, doenças cardíacas e obesidade.
A maioria dos cálculos (pedras) são compostos de cálcio. Fatores que favorecem sua formação incluem desidratação (beber pouco líquido e se expor a ambientes quentes), estase urinária, envelhecimento, genética e algumas doenças que causam distúrbios do cálcio e ácido úrico. Entretanto, na maioria dos pacientes não é possível estabelecer uma causa.



COMO É A DOR?
Dor de forte intensidade (cólica renal) localizada na região lombar, lateral do abdome (flancos) e virilha ou órgãos genitais, muitas vezes associada a náuseas, vômitos, sangue na urina, infecções de repetição e dor ao urinar (disúria). É comum em casos leves, desconforto, ardor, dores leves nas costas, pouca ou muita vontade urinar, cor e odor alterados da urina.


COMO EU SEI QUE TENHO PEDRA NOS RINS? 


Feito por métodos de imagem como ultrassonografia (USG), radiografia simples de abdome, tomografia computadorizada e urografia excretora intravenosa. Dentre estes métodos, enfatizamos o uso da ultrassonografia com método rápido, acessível, não invasivo e que não emite radiação. Os cálculos são vistos como imagens ecogênicas (brancas) formando uma sombra acústica posterior, visto que o som não atravessa sua superfície. Cálculos pequenos podem não produzir sombra gerando dúvidas, nesses casos utilizamos o método por Doppler colorido, detectando artefatos de cintilação (twinkling artifacts) apesar do artefato depender da composição do cálculo.






PODE COMPLICAR E AGRAVAR?


A obstrução do trato urinário total à passagem de urina dilata a pelve e cálices renais danificando o tecido renal, paralisando a filtração do sangue pelo rim, e gera uma insuficiência renal pós-renal (obstrutiva). Este quadro perdurando, pode se tornar crônico e irreversível necessitando o paciente do uso de hemodiálise para filtrar o sangue caso a complicação ocorra nos dois rins. O ultrassom permite detectar essa obstrução e dilatação (hidro nefrose) e quantifica-la. A técnica de Doppler colorido pelo ultrassom permite visibilizar a simetria dos jatos ureterais que mostra passagem da urina pelo trato urinário, sendo muito útil para investigar a presença de obstrução.


TRATAMENTO: 


Depende do tamanho do cálculo, localização e da presença de sintomas. Analgésicos e anti-inflamatórios são uteis para dor, porém alguns casos podem precisar de procedimentos para retirada dos cálculos sendo o procedimento escolhido pelo urologista para cada situação.



COMO EVITAR PEDRA NOS RINS:


Pessoas de risco, ou seja, antecedentes pessoais ou familiares, devem beber acima de 2 litros de água por dia caso não haja contraindicação médica, reduzir a ingestão de sal, amendoim, espinafres, acelgas, chocolate, chá preto, figos e frutos secos. A ingesta de lacticínios e chá de quebra pedra (Phyllanthus niruri) podem ajudar a prevenir a formação de cálculos.




OBS.: ESTE ARTIGO NÃO TEM O INTUITO DE DIAGNOSTICAR OU TRATAR QUALQUER DOENÇA OU SINTOMA, E SIM INFORMAR. TODAS AS INFORMAÇÕES CONTIDAS NESTE SITE PODEM SER ENCONTRADA EM BULAS E ARTIGOS ESPECÍFICOS SOBRE A MEDICAÇÃO OU A DOENÇA EM QUESTÃO. SE VOCÊ SOFRE DE QUALQUER DISTÚRBIO, PROCURE UM MÉDICO, POIS SOMENTE UM PROFISSIONAL MÉDICO TERÁ CAPACIDADE DE DIAGNOSTICÁ-LO E TRATÁ-LO. NÃO USE QUALQUER MEDICAMENTO SEM CONHECIMENTO E LIBERAÇÃO PELO MÉDICO QUE TE ASSISTE.

quarta-feira, 3 de agosto de 2016

GORDURA NO FÍGADO

Esteatose hepática, conhecida popularmente com fígado gorduroso é a doença hepática mais comum e representa um distúrbio que se caracteriza pelo acúmulo de gordura no interior das células do fígado (hepatócitos), um órgão que exerce centenas de funções em nosso corpo.
O aumento de gordura no fígado por tempo prolongado, pode provocar uma inflamação (hepatite gordurosa ou esteato-hepatite), cirrose hepática e até câncer. Portanto, a esteatose hepática é um estágio anterior ao desenvolvimento da esteato-hepatite, que como o próprio nome diz, nada mais é que uma hepatite causada por excesso de gordura. Nesses casos, o fígado não só aumenta de tamanho, como adquire um aspecto amarelado. O distúrbio chamou a atenção dos médicos no final da década de 1980 quando coincidiu com uma epidemia de obesidade nos Estados Unidos.
É uma condição extremamente comum na sociedade moderna, estima-se que 3 em cada 10 pessoas apresentem o distúrbio e que metade disso evoluem para formas mais graves. Acredita-se que este número pode ser bem maior pois a esteatose geralmente não causa sintomas (assintomática). Portanto, muitos pacientes têm e não apresentam sintomas. 75% (3 em cada 4) dos obesos têm a doença assim como metade dos pacientes com diabetes.
Causas
A causa mais comum de esteatose é a obesidade; outras causas incluem hiperalimentação, consumo excessivo de álcool, hiperlipidemia, diabetes, hipercortisolismo endógeno e exógeno, gravidez, hiperalimentação parenteral, hepatite severa, distúrbio do armazenamento do glicogênio, procedimentos que cursem com derivação jejuno ileal para tratamento da obesidade, fibrose cística, lipodistrofia congênita generalizada e tratamento com alguns quimioterápicos.
Sintomas
Nos quadros leves de esteatose hepática, a doença é assintomática. Os sintomas aparecem quando surgem as complicações da doença. Num primeiro momento, as queixas são dor, cansaço, fraqueza, perda de apetite e aumento do fígado.
Nos estágios mais avançados de esteato-hepatite e cirrose podem ocorrer insuficiência hepática, ascite (acúmulo anormal de líquido dentro da cavidade abdominal), encefalopatia e confusão mental, hemorragias, queda no número de plaquetas, aranhas vasculares, icterícia.
Diagnóstico
Por ser na maioria das vezes assintomática, seu diagnóstico é feito acidentalmente com exames de imagem como a ultrassonografia.
Embora os exames de imagens sejam muito úteis para avaliar possíveis alterações no fígado, há casos em que a confirmação do diagnóstico depende de biopsia.
Tratamento
Não existe um tratamento específico, devendo-se combater quando possível as causas da doença. Estilo de vida saudável, alimentação equilibrada e prática regular de exercícios físicos estão entre as práticas preconizadas e os pacientes podem ser orientados por médicos e nutricionistas.

OBS.: ESTE ARTIGO NÃO TEM O INTUITO DE DIAGNOSTICAR OU TRATAR QUALQUER DOENÇA OU SINTOMA, E SIM INFORMAR. TODAS AS INFORMAÇÕES CONTIDAS NESTE SITE PODEM SER ENCONTRADA EM BULAS E ARTIGOS ESPECÍFICOS SOBRE A MEDICAÇÃO OU A DOENÇA EM QUESTÃO. SE VOCÊ SOFRE DE QUALQUER DISTÚRBIO, PROCURE UM MÉDICO, POIS SOMENTE UM PROFISSIONAL MÉDICO TERÁ CAPACIDADE DE DIAGNOSTICÁ-LO E TRATÁ-LO. NÃO USE QUALQUER MEDICAMENTO SEM CONHECIMENTO E LIBERAÇÃO PELO MÉDICO QUE TE ASSISTE.