sexta-feira, 29 de julho de 2016

RIVOTRIL, PARA QUE SERVE?


CLONAZEPAM (RIVOTRIL)



O clonazepam (rivotril)  com preço que varia de 4 a 20 R$ prescrito em receita azul (receita B) é um benzodiazepínico, mesmo grupo do diazepam (valium, dienpax), alprazolam (alpraz, frontal), midazolam (dormonid), bromazepam (lexotam, somalium), lorazepam (lorax), cloxazolam (olcadil), clobazam (frisium) e stazolam (noctal). Neste artigo, faremos uma descrição simplificada para entender seus benefícios e malefícios, assim como a posologia a e mecanismo de ação do RIVOTRIL®.


PARA QUE SERVE O CLONAZEPAM?

Rivotril® está indicado isoladamente ou como adjuvante no tratamento de crises epilépticas específicas; em transtornos de ansiedade incapacitante, e quando digo ansiedade incapacitante, não é a ansiedade de quando esperamos um resultado de uma prova, ou a final de um campeonato ou o primeiro encontro com aquela garota. Refiro-me ao quadro de ansiedade extrema, síndrome do pânico com ou sem agorafobia, fobia social e ansiedade generalizada que prejudica a qualidade de vida do paciente; transtornos do humor (transtorno afetivo bipolar: tratamento da mania, Depressão maior como adjuvante de antidepressivos); emprego em síndromes psicóticas (tratamento da acatisia); tratamento da síndrome das pernas inquietas; tratamento da vertigem e sintomas relacionados à perturbação do equilíbrio, como náuseas, vômitos, pré-síncopes ou síncopes, quedas, zumbidos, hipoacusia, hipersensibilidade a sons, hiperacusia, plenitude aural, distúrbio da atenção auditiva, diplacusia; tratamento da síndrome da boca ardente.

COMO AGE O CLONAZEPAM?
Age deprimindo o sistema nervoso central (SNC) potencializando a ação do neurotransmissor inibitório chamado GABA (ácido gama-aminobutírico), que é o principal neurotransmissor inibitório do SNC em mamíferos provocando, portanto, aumento do seus efeito efeitos inibitórios sobre os neurônios, ou seja, ele “estimula o GABA e que age inibindo o SNC”.
O clonazepam é rapidamente e quase completamente absorvido após administração oral e distribui-se rapidamente a vários órgãos e tecidos corporais, com captação preferencial pelas estruturas cerebrais. Tem ação bastante rápida, após alguns minutos da tomada ele começa a agir sendo muito importante para quem está passando por uma crise de ansiedade aguda ou para quem precisa dormir depressa.


O RIVOTRIL® CAUSA DEPENDÊNCIA?
Dentro de um contexto clínico, com doses adequadas, por tempo apropriado para o tratamento de uma doença, dificilmente causaria dependência. A não ser que o paciente seja predisponente ou tenha um perfil de comportamento de uma pessoa dependente químico. Portanto essa “rivotrilfobia” não pode atrapalhar o tratamento necessário de uma patologia psiquiátrica que demanda o uso continuo da medicação. Quem tem transtorno ansioso crônico e recorrente pode necessitar tomar o clonazepam de maneira contínua.

COMO TOMAR O CLONAZEPAM?
No Brasil, o clonazepam é apresentado em comprimidos ou gotas. As dosagens existentes são:
·         Rivotril® comprimido sublingual 0,25 mg.
·         Clonazepam ou Rivotril® comprimido 0,5 mg.
·         Clonazepam ou Rivotril® comprimido 2,0 mg.
·         Clonazepam ou Rivotril® solução oral 2,5 mg/ml.

A dose inicial do clonazepam para o distúrbio do pânico é 0,25 mg, 2 vezes por dia (dose diária total de 0,5 mg). A dose pode ser aumentada com acréscimos de 0,25 a 0,5 mg/dia a cada três dias para o controle dos sintomas. Alguns pacientes podem precisar de doses mais elevadas, contudo.
A solução oral do rivotril® é de 2,5 mg/ml, o que significa aproximadamente 0,1 mg por gota. Portanto: 5 gotas = 0,5 mg; 20 gotas = 2,0 mg (ou seja, um comprimido, o que é equivalente a aproximadamente 40 mg de diazepam, ou seja, 4 comprimidos de diazepam)

EFEITOS COLATERAIS DO CLONAZEPAM
O clonazepam é extremamente seguro, com um dos mais elevados índices terapêuticos entre todos os psicotrópicos, isto é, há uma margem muito grande de uma dose que cause um efeito terapêutico em relação à dose que cause um efeito tóxico. Mesmo quando consumidos em excesso numa tentativa de suicídio, a sua letalidade é mínima.
Os principais efeitos colaterais estão associados a depressão do SNC, como sedação, sonolência, cansaço, diminuição da coordenação motora, amnésia para eventos recentes (dificuldade para reter informações novas), salivação, distúrbios do sono específicos que podem ser piorados, polaciúria e visão turva.
A maioria dos efeitos são transitórios e desaparecem com o uso contínuo. A redução da dose é suficiente para controlar os efeitos adversos na maioria das vezes.
Um efeito adverso curioso das benzodiazepinas é a chamada reação paradoxal, um efeito contrário ao efeito terapêutico desejado, deixando o paciente hiperativo e, às vezes, agressivo.

ABSTINÊNCIA AO RIVOTRIL
A síndrome de abstinência ou descontinuação ocorre quando há interrupção do medicamento. Tremores, espasmos musculares, cefaleias (dores de cabeça), insônia, sudorese, taquicardia podem ocorrer, principalmente se o paciente estiver usando altas doses por longo período e tiver a sua medicação retirada de forma abrupta. Quando utilizado doses adequadas e com retirada gradual (desmame), praticamente não ocorrem sintomas de abstinência.

Quem não deve usar clonazepam?
Quem faz atividade que exijam atenção continua como manusear máquinas pesadas, motoristas entre outros.
Pacientes com doenças do fígado deve ser monitorizado, assim como em pessoas com depressão grave, com histórico de abuso de drogas ou álcool ou em idosos com elevado risco de sofrer quedas.
O clonazepam não deve ser usado na gravidez e durante o aleitamento materno.

FATOS, HISTÓRIA E CURIOSIDADES:
O Brasil é um dos maiores consumidores mundial de clonazepam.
O rivotril em 2009 era o medicamento de tarja preta mais vendido no Brasil.
Se Marilyn Monroe tivesse tomado vários benzodiazepínicos naquela noite de agosto de 1962, ao invés de uma associação de hidrato de cloral com barbitúrico, certamente teria sobrevivido – infelizmente, o diazepam só começaria a ser comercializado no ano seguinte ao de sua morte).  
Rivotril já foi codinome de um dos bandidos mais procurados no Rio grande do norte.

OBS.: ESTE ARTIGO NÃO TEM O INTUITO DE DIAGNOSTICAR OU TRATAR QUALQUER DOENÇA OU SINTOMA, E SIM INFORMAR. TODAS AS INFORMAÇÕES CONTIDAS NESTE SITE PODEM SER ENCONTRADA EM BULAS E ARTIGOS ESPECÍFICOS SOBRE A MEDICAÇÃO OU A DOENÇA EM QUESTÃO. SE VOCÊ SOFRE DE QUALQUER DISTÚRBIO, PROCURE UM MÉDICO, POIS SOMENTE UM PROFISSIONAL MÉDICO TERÁ CAPACIDADE DE DIAGNOSTICÁ-LO E TRATÁ-LO. NÃO USE QUALQUER MEDICAMENTO SEM CONHECIMENTO E LIBERAÇÃO PELO MÉDICO QUE TE ASSISTE.

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