CLONAZEPAM (RIVOTRIL)
O clonazepam (rivotril) com preço que varia de 4 a 20 R$ prescrito em receita azul (receita B) é um benzodiazepínico,
mesmo grupo do diazepam (valium, dienpax), alprazolam (alpraz, frontal), midazolam
(dormonid), bromazepam (lexotam, somalium), lorazepam (lorax), cloxazolam
(olcadil), clobazam (frisium) e stazolam (noctal). Neste artigo, faremos uma
descrição simplificada para entender seus benefícios e malefícios, assim como a
posologia a e mecanismo de ação do RIVOTRIL®.
PARA QUE
SERVE O CLONAZEPAM?
Rivotril® está
indicado isoladamente ou como adjuvante no tratamento de crises epilépticas
específicas; em transtornos de ansiedade incapacitante, e quando digo ansiedade
incapacitante, não é a ansiedade de quando esperamos um resultado de uma prova,
ou a final de um campeonato ou o primeiro encontro com aquela garota. Refiro-me
ao quadro de ansiedade extrema, síndrome do pânico com ou sem agorafobia, fobia
social e ansiedade generalizada que prejudica a qualidade de vida do paciente; transtornos
do humor (transtorno afetivo bipolar: tratamento da mania, Depressão maior como
adjuvante de antidepressivos); emprego em síndromes psicóticas (tratamento
da acatisia); tratamento da síndrome das pernas inquietas; tratamento da
vertigem e sintomas relacionados à perturbação do equilíbrio, como náuseas,
vômitos, pré-síncopes ou síncopes, quedas, zumbidos, hipoacusia,
hipersensibilidade a sons, hiperacusia, plenitude aural, distúrbio da atenção
auditiva, diplacusia; tratamento da síndrome da boca ardente.
COMO AGE O CLONAZEPAM?
Age deprimindo o sistema nervoso
central (SNC) potencializando a ação do
neurotransmissor inibitório chamado GABA (ácido gama-aminobutírico), que é o
principal neurotransmissor inibitório do SNC em mamíferos provocando, portanto,
aumento do seus efeito efeitos inibitórios sobre os neurônios, ou seja, ele “estimula
o GABA e que age inibindo o SNC”.
O clonazepam é rapidamente e quase
completamente absorvido após administração oral e distribui-se
rapidamente a vários órgãos e tecidos corporais, com captação preferencial
pelas estruturas cerebrais. Tem ação bastante rápida, após alguns minutos da
tomada ele começa a agir sendo muito importante para quem está passando por uma
crise de ansiedade aguda ou para quem precisa dormir depressa.
O RIVOTRIL® CAUSA DEPENDÊNCIA?
Dentro de um contexto clínico, com
doses adequadas, por tempo apropriado para o tratamento de uma doença,
dificilmente causaria dependência. A não ser que o paciente seja predisponente
ou tenha um perfil de comportamento de uma pessoa dependente químico. Portanto
essa “rivotrilfobia” não pode atrapalhar o tratamento necessário de uma
patologia psiquiátrica que demanda o uso continuo da medicação. Quem tem
transtorno ansioso crônico e recorrente pode necessitar tomar o clonazepam de
maneira contínua.
COMO TOMAR O CLONAZEPAM?
No Brasil, o clonazepam é
apresentado em comprimidos ou gotas. As dosagens existentes são:
·
Clonazepam ou Rivotril® comprimido 0,5 mg.
·
Clonazepam ou Rivotril® comprimido 2,0 mg.
·
Clonazepam ou Rivotril® solução oral 2,5 mg/ml.
A dose inicial do clonazepam para o distúrbio do pânico é 0,25 mg, 2
vezes por dia (dose diária total de 0,5 mg). A dose pode ser aumentada com
acréscimos de 0,25 a 0,5 mg/dia a cada três dias para o controle dos sintomas.
Alguns pacientes podem precisar de doses mais elevadas, contudo.
A solução oral do rivotril® é de 2,5 mg/ml, o que significa aproximadamente
0,1 mg por gota. Portanto: 5 gotas = 0,5 mg; 20 gotas = 2,0 mg (ou seja, um
comprimido, o que é equivalente a aproximadamente
40 mg de diazepam, ou seja, 4 comprimidos de diazepam)
EFEITOS COLATERAIS DO CLONAZEPAM
O clonazepam é extremamente seguro, com um dos mais
elevados índices terapêuticos entre todos os psicotrópicos, isto é, há uma
margem muito grande de uma dose que cause um efeito terapêutico em relação à
dose que cause um efeito tóxico. Mesmo quando consumidos em excesso numa
tentativa de suicídio, a sua letalidade é mínima.
Os principais efeitos colaterais estão associados a
depressão do SNC, como sedação, sonolência, cansaço, diminuição da coordenação motora,
amnésia para eventos recentes (dificuldade para reter informações novas),
salivação, distúrbios do sono específicos que podem ser piorados, polaciúria e
visão turva.
A maioria dos efeitos são transitórios e
desaparecem com o uso contínuo. A redução da dose é suficiente para controlar
os efeitos adversos na maioria das vezes.
Um efeito adverso curioso das
benzodiazepinas é a chamada reação paradoxal, um efeito contrário ao efeito terapêutico
desejado, deixando o paciente hiperativo e, às vezes, agressivo.
ABSTINÊNCIA
AO RIVOTRIL
A síndrome de abstinência ou descontinuação ocorre
quando há interrupção do medicamento. Tremores, espasmos musculares, cefaleias (dores
de cabeça), insônia, sudorese, taquicardia podem ocorrer, principalmente se o
paciente estiver usando altas doses por longo período e tiver a sua medicação
retirada de forma abrupta. Quando utilizado doses adequadas e com retirada
gradual (desmame), praticamente não ocorrem sintomas de abstinência.
Quem não deve usar clonazepam?
Quem faz atividade que exijam
atenção continua como manusear máquinas pesadas, motoristas entre outros.
Pacientes com doenças do
fígado deve ser monitorizado, assim como em pessoas com depressão grave, com
histórico de abuso de drogas ou álcool ou em idosos com elevado risco de sofrer
quedas.
O clonazepam não deve ser
usado na gravidez e durante o aleitamento materno.
FATOS, HISTÓRIA E CURIOSIDADES:
O Brasil é um dos maiores consumidores mundial
de clonazepam.
O rivotril em 2009 era o medicamento de tarja
preta mais vendido no Brasil.
Se Marilyn Monroe tivesse tomado vários benzodiazepínicos
naquela noite de agosto de 1962, ao invés de uma associação de hidrato de
cloral com barbitúrico, certamente teria sobrevivido – infelizmente, o diazepam
só começaria a ser comercializado no ano seguinte ao de sua morte).
Rivotril já foi codinome de um dos bandidos mais procurados no Rio grande do norte.
OBS.: ESTE ARTIGO NÃO TEM O INTUITO DE DIAGNOSTICAR OU TRATAR QUALQUER DOENÇA OU SINTOMA, E SIM INFORMAR.
TODAS AS INFORMAÇÕES CONTIDAS NESTE SITE PODEM SER ENCONTRADA EM BULAS E ARTIGOS ESPECÍFICOS SOBRE A MEDICAÇÃO OU A DOENÇA EM QUESTÃO. SE VOCÊ SOFRE DE QUALQUER
DISTÚRBIO, PROCURE UM MÉDICO, POIS SOMENTE UM PROFISSIONAL MÉDICO TERÁ
CAPACIDADE DE DIAGNOSTICÁ-LO E TRATÁ-LO. NÃO USE QUALQUER MEDICAMENTO SEM
CONHECIMENTO E LIBERAÇÃO PELO MÉDICO QUE TE ASSISTE.
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