sábado, 17 de dezembro de 2016

Leptospirose, o que é e como prevenir

A leptospirose é uma doença infecciosa e potencialmente grave, causada por uma bactéria chamada Leptospira interrogans. Embora seja considerada uma zoonose, ou seja, uma doença de animais, essa infecção afeta também o homem, que se contamina, sobretudo, por meio do contato com a urina do rato.
A doença cursa de maneira benigna na maioria dos casos. Em 10% dos infectados, porém, pode se manifestar em sua forma grave, denominada doença de Weil, com manifestações hemorrágicas severas e comprometimento da função renal.
Por isso mesmo, é fundamental procurar um serviço médico diante do surgimento dos primeiros sinais clínicos, sobretudo após a exposição a situações de risco.
Causas e sintomas
Inicia-se com febre alta, sensação de mal-estar, dor de cabeça, dores musculares, cansaço, olhos avermelhados, tosse, faringite e calafrios. Esses sinais podem ser acompanhados de dor abdominal, náuseas, vômitos e diarréia, com possibilidade de desidratação.
Depois de dois ou três dias de aparente melhora, o quadro às vezes ressurge com novas manifestações, como manchas avermelhadas na pele e meningite de boa evolução. É nesse período que também se apresenta a forma mais grave da doença, igualmente depois que a infecção parece ter cessado, com coloração amarelada na pele e nos olhos – a icterícia –, sangramentos no nariz, nas gengivas e nos pulmões, manchas escuras na pele, semelhantes a hematomas, torpor e redução - ou mesmo ausência - de volume urinário.
A causa da doença é a bactéria  presente na urina de animais infectados, particularmente do rato, em cujos rins o microrganismo se multiplica sem provocar danos ao animal.
Ao ser expelido, esse agente sobrevive no solo úmido ou na água – menos na do mar – e penetra no organismo humano através da pele e das mucosas, assim como pela ingestão de água e de alimentos contaminados.
No Brasil e em outros países em desenvolvimento, a maioria das infecções ocorre pelo contato com a enxurrada ou com a lama das enchentes, que se misturam à urina dos ratos e, assim, espalham as bactérias.

Ocorre que a combinação de saneamento inadequado, crescimento desordenado das cidades, ineficiência do sistema de drenagem das águas das chuvas e coleta de lixo inadequada favorece tanto a proliferação dos roedores quanto as inundações. Independentemente de haver enchente, o contato com água ou lama de esgoto, de lagoas e rios contaminados e mesmo de terrenos baldios também constitui risco para a aquisição da leptospirose.
A doença igualmente pode ser transmitida pela urina de outros animais infectados, como cães, gatos, porcos, cavalos, bois, cabras e ovelhas. Logo, a leptospirose está associada a algumas atividades profissionais como tratadores de animais, trabalhadores de serviços de água e esgoto, lixeiros, plantadores de arroz, cortadores de cana-de-açúcar, entre outras.
Uma pessoa contaminada, contudo não passa a infecção para outra. Os sintomas costumam aparecer de 3 a 24 dias após o contágio, com média de dez dias de incubação.
Exames e diagnósticos
Uma vez que as manifestações iniciais da leptospirose se assemelham bastante às de outras doenças infecciosas, como a malária, a febre amarela, a dengue e mesmo a hepatite, a suspeita acaba sendo levantada com base na história do indivíduo.
A probabilidade de contaminação é grande em uma pessoa que teve sua casa inundada ou que limpou uma fossa ou um bueiro, por exemplo. A confirmação da leptospirose, contudo, depende de exames laboratoriais específicos, tanto para pesquisar anticorpos contra a Leptospira interrogans no sangue da pessoa
Tratamento e prevenções
O portador de leptospirose deve ser tratado com hidratação, analgésicos e antitérmicos, exceto os que contenham ácido acetilsalicílico, como a Aspirina® e outros antiinflamatórios, uma vez que essa substância favorece as hemorragias. Quando o diagnóstico é feito até o quarto dia da infecção, usam-se também antibióticos, que, apenas nessa fase, ajudam a prevenir o desenvolvimento da forma mais grave da doença.
Em casos de icterícia e de meningite há necessidade de internação para tratamento intensivo e monitorização da função dos rins, com a adoção de medidas específicas em caso de perda da capacidade renal, como a diálise peritoneal, um procedimento para a eliminação das toxinas do sangue quando o mecanismo natural de filtração fica comprometido.


A prevenção da leptospirose passa obrigatoriamente pela melhoria das condições de infra-estrutura básica, o que inclui rede de esgoto e de abastecimento de água tratada, drenagem de águas das chuvas, limpeza de córregos e rios, remoção adequada do lixo e eliminação de ratos. Essas medidas por si só já reduziriam as inundações e o número de roedores.

Quem tem animais de estimação também deve se proteger ao recolher fezes e urina dos bichos, além de usar água sanitária na limpeza das áreas que eles ocupam.

OBS.: ESTE ARTIGO NÃO TEM O INTUITO DE DIAGNOSTICAR OU TRATAR QUALQUER DOENÇA OU SINTOMA, E SIM INFORMAR. TODAS AS INFORMAÇÕES CONTIDAS NESTE SITE PODEM SER ENCONTRADA EM BULAS E ARTIGOS ESPECÍFICOS SOBRE A MEDICAÇÃO OU A DOENÇA EM QUESTÃO. SE VOCÊ SOFRE DE QUALQUER DISTÚRBIO, PROCURE UM MÉDICO, POIS SOMENTE UM PROFISSIONAL MÉDICO TERÁ CAPACIDADE DE DIAGNOSTICÁ-LO E TRATÁ-LO. NÃO USE QUALQUER MEDICAMENTO SEM CONHECIMENTO E LIBERAÇÃO PELO MÉDICO QUE TE ASSISTE.


quarta-feira, 5 de outubro de 2016

Como tratar a cólica menstrual?

A cólica menstrual é caracterizada por dor, muitas vezes intensa, do tipo cólica, na região inferior do abdômen, aparecendo antes ou durante o período menstrual. Cientificamente chamada de dismenorreia, a cólica menstrual é oriunda de contrações uterinas, as quais ocorrem com intuito de expulsar o conteúdo menstrual, entretanto, muitas vezes é tão intensa que é necessária uma medicação intravenosa para aliviar as dores, outras vezes, tão amena que passa despercebido pela mulher. Acomete 25 % das mulheres adultas e até 90 % das adolescentes, ou seja, 9 em cada 10 adolescente tem cólica menstrual.


Medidas não medicamentosas: 


As medidas seguintes podem ser realizadas em qualquer grau de intensidade de dor. E geralmente pode ser suficiente nas dores leves e moderadas:

1-      Calor local: Estudos comprovam que pode aliviar a dor melhor que analgésicos comuns como paracetamol e pode ser equivalente a anti-inflamatórios como ibuprofeno. Portanto, associar calor local com esses medicamentos pode ser uma boa opção terapêutica. Existe bolsas térmicas disponíveis para esse fim.

2-      Exercício Físico: Praticar exercícios físicos,  yoga, massagens ou qualquer atividade que ajude a diminuir o estresse pode ajudar nas dores.    Mulheres sedentárias e estressadas costumam ter dores mais intensas.

3-      Mudança no estilo de vida: Além dos   exercícios, uma boa alimentação com  menos  gordura animal e mais vegetal e ômega 3, assim como cortar álcool e cigarro ajudar a prevenir as cólicas.

4-      Relação sexual: Estudos mostram que a atividade sexual ajuda a aliviar as dores em muitas mulheres, mas geralmente as dores, se intensas, inibem o desejo sexual.

Medicamentos:

1-                  Anti-inflamatórios (primeira linha de tratamento medicamentoso):
São eficazes na grande maioria dos casos, e o mais usado e indicado é o ibuprofeno.


2-                  Analgésicos:
Têm eficácia muito inferior aos anti-inflamatórios, com exceção da dipirona que tem se mostrado bastante eficaz não somente na cólica menstrual, como também na cólica renal (LER: PEDRA NOS RINS) e intestinal.

3-                   Anticoncepcionais hormonais:
Ao regular o ciclo menstrual e as taxas de hormônios, eles ajudam a controlar as contrações uterinas, diminuindo, portanto, as dores.

4-                   Nifedipina:

Anti-hipertensivo que tem se apresentado eficaz em diminuir as dores menstruais, portanto pode ser uma boa opção em mulheres hipertensas com dismenorreia. 


OBS.: ESTE ARTIGO NÃO TEM O INTUITO DE DIAGNOSTICAR OU TRATAR QUALQUER DOENÇA OU SINTOMA, E SIM INFORMAR. TODAS AS INFORMAÇÕES CONTIDAS NESTE SITE PODEM SER ENCONTRADA EM BULAS E ARTIGOS ESPECÍFICOS SOBRE A MEDICAÇÃO OU A DOENÇA EM QUESTÃO. SE VOCÊ SOFRE DE QUALQUER DISTÚRBIO, PROCURE UM MÉDICO, POIS SOMENTE UM PROFISSIONAL MÉDICO TERÁ CAPACIDADE DE DIAGNOSTICÁ-LO E TRATÁ-LO. NÃO USE QUALQUER MEDICAMENTO SEM CONHECIMENTO E LIBERAÇÃO PELO MÉDICO QUE TE ASSISTE.

domingo, 28 de agosto de 2016

Ovários policístico: O que é?

A síndrome dos ovários policísticos (SOP), também chamada de síndrome dos ovários micropolicísticos (SOMP), é uma doença caracterizada pela presença de múltiplos (mais de 12) pequenos (menores que 10 mm) “cistos” nos ovários, associados a uma desregulação do ciclo ovulatório e dos hormônios femininos. A presença destes achados nos ovários sem sintomas caracteriza apenas ovários policísticos (OP). Este é um termo inadequado, pois não são cistos verdadeiros devido ao seu diminuto tamanho, e sim folículos, porém devido ao seu uso difundido, seu uso ficou imortalizado.

Sintomas

- Irregularidade menstrual e ausência de menstruação. Cerca de 90% das pacientes que apresentam ciclos menstruais irregulares possuem a Síndrome dos Ovários Policísticos, porém cerca de 20% de mulheres normais apresentam critérios de ovários policísticos ao ultrassom. Existem diversos tipos de irregularidades menstruais. Os tipos mais presentes na SOP são a oligomenorreia e a amenorreia. Oligomenorreia é o aumento do intervalo do ciclo menstrual em mais de 35 dias. Já a amenorreia é a ausência da menstruação por mais de 3 ciclos.

- Hirsutismo – Aumento dos pelos no rosto, seios e abdômen.
- Acne - Em virtude da maior produção de material oleoso pelas glândulas sebáceas;
- Infertilidade - Anovulação (ausência de ovulação) crônica
- Acantose nigricans - Aumento da pigmentação da pele nas regiões da nuca, dobras cutâneas, articulações ou cotovelos, tonando-as enegrecidas (ver figura)



Causas

Não foi estabelecida ainda a causa específica da síndrome dos ovários policísticos. Mas uma coisa deve ser clara, os ovários não são os vilões e sim as vítimas dos distúrbios hormonais, e seu aspecto ao ultrassom não passa de um achado que deve ser bem avaliado e associado aos sintomas clínicos.

Diagnóstico

- Oligo ou anovulação;
- Sinais clínicos e ou bioquímicos de hiperandrogenismo;
- Ovários policísticos à ultrassonografia: 12 ou mais folículos medindo 2 a 9 mm de diâmetro e volume ovariano aumentado (ver figura)

Ou seja, segundo estes critérios, se uma mulher com diagnóstico ultrassonográfico de ovários policísticos fizer um ultrassom e naquele mês ovular, poderá ser encontrado no ultrassom um folículo dominante (“cisto” com mais de 10 mm) que produzirá o óvulo, e o diagnóstico ultrassonográfico de ovários policístico não poderá ser dado naquele mês, e no mês seguinte se não ocorrer ovulação será encontrado apenas folículos com menos de 10 mm e novamente será dado o diagnóstico de ovários policísticos.
Portanto, apresenta ao ultrassom ovários com padrão policísticos é diferente de ter a síndrome dos ovários policísticos, o achados ultrassonográficos devem ser sempre associados aos sintomas clínicos. “A clínica é soberana”. Neste caso, se a suspeita de SOP é forte, o ultrassom deve ser repetido em ciclo subsequente, pois a mulher pode ter síndrome dos ovários policísticos sem ter ovários policísticos.

Recomendações

* Consulte regularmente seu ginecologista. Não deixe de fazer o exame ginecológico e outros que ele possa indicar; o profissional que te acompanha indicará o melhor tratamento.
* Não se descuide. Mulheres com ovários policísticos correm maior risco de desenvolver problemas cardiovasculares na menopausa;
* Controle seu peso. A obesidade agrava os sintomas da síndrome do ovário policístico.
* Considere mudanças na dieta, para controlar os níveis de insulina no sangue
* Faça atividades físicas.

Gestação e SOP

Ter SOP dificulta engravidar devido a irregularidade menstrual e anovulação. O tratamento pode ser acompanhado por ultrassom endovaginal seriado para controle de ovulação feito em dias alternados permitindo o seguimento destes folículos até que um deles cresça e se torne o folículo dominante que produzirá o óvulo para fecundação, aumentando as chances do casal engravidar, ou seja, o exame permite saber se o ciclo atual está tendo ovulação e o período provável em que ela ocorrerá.
A gestação em mulheres com Síndrome dos Ovários Policísticos, quando confirmada, requer alguns cuidados especiais, visto que as pacientes apresentam um risco maior para abortamento e maior probabilidade de desenvolverem diabetes gestacional. O pré-natal e o acompanhamento médico devem ser realizados de maneira mais cuidadosa nesses casos.

Complicações

Ter síndrome dos ovários policísticos torna as seguintes complicações mais favoráveis, especialmente quando associadas com a obesidade:
• Diabetes tipo 2
• Pressão alta
• Colesterol e triglicérides elevados
• Doença cardiovascular
• Síndrome metabólica
• Infertilidade
• Esteatose hepática não alcoólica
• Apneia do sono
• Sangramento uterino anormal
• Câncer de endométrio e de mamas, causado pela exposição a altos e contínuos níveis de estrógeno
• Diabetes gestacional ou pré-eclâmpsia.

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domingo, 21 de agosto de 2016

É SEGURO MISTURAR ÁLCOOL COM ENERGÉTICOS?

É cada vez mais comum a mistura de álcool com energéticos tipo Red Bull, TNT e outros, principalmente entre jovens que acabam não entendendo o real benefício do do uso dessas bebidas. Os energéticos aumenta o estado de alerta da mente e do corpo


Ricas em substâncias estimulantes como cafeína, guaraná, taurina, glucoronolactona e efedrina, dependendo do fabricante, os energéticos ajudam a recuperar a energia e levam à percepção falsa de uma menor embriaguez. Testes realizados mostram diminuição da acuidade visual e reflexos com ou sem o uso de das substâncias, ou seja, a intoxicação pelo álcool é exatamente igual. O álcool é um depressor do sistema nervoso central e o energético é estimulante, e isso acaba gerando a ingesta cada vez maior de ambas as substâncias. O jovem, portanto, têm a sensação que não está embriagado e acaba ingerindo cada vez mais álcool; e não percebe que não está, por exemplo, apto a dirigir. Além desse grave problema que pode colocar a vida dele e de outras pessoas em risco, há também o perigo da própria interação das substâncias no organismo. A ingesta cada vez maior pode acarretar complicações como o coma alcoólico e arritmias cardíacas, e mesmo que a maioria dos casos seja com pessoas jovens e sem histórico de cardiopatias ou outras doenças, e por isso as chances seriam menores, existem sim casos de convulsões e morte súbita na faixa etária.

Como a cafeína e outras substâncias são diuréticos, sua associação com o álcool pode levar a desidratação que além de piorar a ressaca no dia seguinte, pode trazer prejuízos diversos ao corpo.
  • atribuição de poder (húngaro Hell - "inferno" em português, com a figura do diabo como símbolo),
  • alucinantes (austríaco Flying Horse - "cavalo voador" em português),
  • detonadores (Burn, da Coca-Cola, "queimar" em português), TNT (da Cervejaria Itaipava - RJ - sigla para "trinitrotolueno", explosivo),
  • atribuição de força (austríaco Red Bull - "touro vermelho" em português), (RefriagoSpeed "em português velocidade


domingo, 7 de agosto de 2016

PEDRA NOS RINS: SINTOMAS, CAUSAS E TRATAMENTO.


O QUE É PEDRA NOS RINS? 

A litíase renal, cálculo renal, urolitíase ou nefro litíase, popularmente conhecida com pedra nos rins é um agregado cristalino sólido que se forma nos rins e representa uma importante causa de dor (considerada pela literatura médica uma das piores dores enfrentadas pelo ser humano, comparável à do parto, câncer ou infarto). Os cálculos podem ser encontrados nos rins e se deslocarem para os ureteres, bexiga e uretra. 80% dos cálculos renais ocorrem em homens. É mais comum também em indivíduos com diabetes tipo 2, hipertensão arterial, gota, doenças cardíacas e obesidade.
A maioria dos cálculos (pedras) são compostos de cálcio. Fatores que favorecem sua formação incluem desidratação (beber pouco líquido e se expor a ambientes quentes), estase urinária, envelhecimento, genética e algumas doenças que causam distúrbios do cálcio e ácido úrico. Entretanto, na maioria dos pacientes não é possível estabelecer uma causa.



COMO É A DOR?
Dor de forte intensidade (cólica renal) localizada na região lombar, lateral do abdome (flancos) e virilha ou órgãos genitais, muitas vezes associada a náuseas, vômitos, sangue na urina, infecções de repetição e dor ao urinar (disúria). É comum em casos leves, desconforto, ardor, dores leves nas costas, pouca ou muita vontade urinar, cor e odor alterados da urina.


COMO EU SEI QUE TENHO PEDRA NOS RINS? 


Feito por métodos de imagem como ultrassonografia (USG), radiografia simples de abdome, tomografia computadorizada e urografia excretora intravenosa. Dentre estes métodos, enfatizamos o uso da ultrassonografia com método rápido, acessível, não invasivo e que não emite radiação. Os cálculos são vistos como imagens ecogênicas (brancas) formando uma sombra acústica posterior, visto que o som não atravessa sua superfície. Cálculos pequenos podem não produzir sombra gerando dúvidas, nesses casos utilizamos o método por Doppler colorido, detectando artefatos de cintilação (twinkling artifacts) apesar do artefato depender da composição do cálculo.






PODE COMPLICAR E AGRAVAR?


A obstrução do trato urinário total à passagem de urina dilata a pelve e cálices renais danificando o tecido renal, paralisando a filtração do sangue pelo rim, e gera uma insuficiência renal pós-renal (obstrutiva). Este quadro perdurando, pode se tornar crônico e irreversível necessitando o paciente do uso de hemodiálise para filtrar o sangue caso a complicação ocorra nos dois rins. O ultrassom permite detectar essa obstrução e dilatação (hidro nefrose) e quantifica-la. A técnica de Doppler colorido pelo ultrassom permite visibilizar a simetria dos jatos ureterais que mostra passagem da urina pelo trato urinário, sendo muito útil para investigar a presença de obstrução.


TRATAMENTO: 


Depende do tamanho do cálculo, localização e da presença de sintomas. Analgésicos e anti-inflamatórios são uteis para dor, porém alguns casos podem precisar de procedimentos para retirada dos cálculos sendo o procedimento escolhido pelo urologista para cada situação.



COMO EVITAR PEDRA NOS RINS:


Pessoas de risco, ou seja, antecedentes pessoais ou familiares, devem beber acima de 2 litros de água por dia caso não haja contraindicação médica, reduzir a ingestão de sal, amendoim, espinafres, acelgas, chocolate, chá preto, figos e frutos secos. A ingesta de lacticínios e chá de quebra pedra (Phyllanthus niruri) podem ajudar a prevenir a formação de cálculos.




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quarta-feira, 3 de agosto de 2016

GORDURA NO FÍGADO

Esteatose hepática, conhecida popularmente com fígado gorduroso é a doença hepática mais comum e representa um distúrbio que se caracteriza pelo acúmulo de gordura no interior das células do fígado (hepatócitos), um órgão que exerce centenas de funções em nosso corpo.
O aumento de gordura no fígado por tempo prolongado, pode provocar uma inflamação (hepatite gordurosa ou esteato-hepatite), cirrose hepática e até câncer. Portanto, a esteatose hepática é um estágio anterior ao desenvolvimento da esteato-hepatite, que como o próprio nome diz, nada mais é que uma hepatite causada por excesso de gordura. Nesses casos, o fígado não só aumenta de tamanho, como adquire um aspecto amarelado. O distúrbio chamou a atenção dos médicos no final da década de 1980 quando coincidiu com uma epidemia de obesidade nos Estados Unidos.
É uma condição extremamente comum na sociedade moderna, estima-se que 3 em cada 10 pessoas apresentem o distúrbio e que metade disso evoluem para formas mais graves. Acredita-se que este número pode ser bem maior pois a esteatose geralmente não causa sintomas (assintomática). Portanto, muitos pacientes têm e não apresentam sintomas. 75% (3 em cada 4) dos obesos têm a doença assim como metade dos pacientes com diabetes.
Causas
A causa mais comum de esteatose é a obesidade; outras causas incluem hiperalimentação, consumo excessivo de álcool, hiperlipidemia, diabetes, hipercortisolismo endógeno e exógeno, gravidez, hiperalimentação parenteral, hepatite severa, distúrbio do armazenamento do glicogênio, procedimentos que cursem com derivação jejuno ileal para tratamento da obesidade, fibrose cística, lipodistrofia congênita generalizada e tratamento com alguns quimioterápicos.
Sintomas
Nos quadros leves de esteatose hepática, a doença é assintomática. Os sintomas aparecem quando surgem as complicações da doença. Num primeiro momento, as queixas são dor, cansaço, fraqueza, perda de apetite e aumento do fígado.
Nos estágios mais avançados de esteato-hepatite e cirrose podem ocorrer insuficiência hepática, ascite (acúmulo anormal de líquido dentro da cavidade abdominal), encefalopatia e confusão mental, hemorragias, queda no número de plaquetas, aranhas vasculares, icterícia.
Diagnóstico
Por ser na maioria das vezes assintomática, seu diagnóstico é feito acidentalmente com exames de imagem como a ultrassonografia.
Embora os exames de imagens sejam muito úteis para avaliar possíveis alterações no fígado, há casos em que a confirmação do diagnóstico depende de biopsia.
Tratamento
Não existe um tratamento específico, devendo-se combater quando possível as causas da doença. Estilo de vida saudável, alimentação equilibrada e prática regular de exercícios físicos estão entre as práticas preconizadas e os pacientes podem ser orientados por médicos e nutricionistas.

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domingo, 31 de julho de 2016

10 SINTOMAS DE DEPRESSÃO


Muitas vezes a palavra deprimido é usada como sinônimo de tristeza. Isso é um erro comum, pois o quadro de tristeza apenas faz parte de um conjunto. Na depressão a tristeza é prolongada o suficiente para interferir na qualidade de vida da pessoa. Depressão (transtorno depressivo major) é uma doença física e crônica, a falta de produção de neurotransmissores serotonina, adrenalina e dopamina geram uma grande prostração nos pacientes, portanto não é um quadro que o paciente decide ficar alegre para deixar a depressão. Esses casos precisam de tratamento.


1- Tristeza

Perder um parente ou qualquer outro acontecimento que gere muita tristeza na vida de uma pessoa, não deve ser confundida com depressão. É, na verdade, uma reação normal e esperada pelo ocorrido. Entretanto, quando esse quadro se prolonga por semanas, interferindo na vida da pessoa, dificultando a capacidade de cuidar de si mesmo, interferindo nos relacionamentos pessoais e prejudicando o trabalho,  nesses casos, a tristeza deve ser valorizada e uma consulta médica solicitada. O paciente sente muitas vezes até sentimento de culpa, sem nenhuma explicação.


2- Cansaço ou Fadiga

A falta de produção adequada de alguns neurotransmissores gera uma prostração grave nesses pacientes, com fraqueza, cansaço, fadiga, falta desanimo, falta iniciativa para qualquer atividade, mesmo atividades que o paciente sentia prazer em realizá-las

3- Distúrbios do sono

Insônia ou excesso de sono. Muitas vezes o paciente dorme demais procurando fugir da realidade, ou não consegue dormir gerando um sono de má qualidade, o que gera mais cansaço e fadiga. Muitas vezes o paciente recorre a consulta por motivos de insônia, ou acaba fazendo uso de benzodiazepinas como diazepam e clonazepam para dormir, não tratando adequadamente o problema.

4- Problemas digestivos

A diminuição de neurotransmissores já citados, geram um aumento da sensibilidade à dor, inclusive a dor gastrointestinal, mesmo em paciente sem história prévia de gastrite ou úlcera. Portanto, nestes casos deve ser investigado, tanto outros sintomas depressivos, como também fatores de risco para doença gastrointestinais.

5- Dores generalizadas

A maior sensibilidade, fadiga e postura do paciente pioram a tensão muscular e dor que ocorrem no corpo todo, mas as costas, o peito e as pernas são os mais afetados.

6- Dor de cabeça

Frustração, medo, sentimento de culpa, insegurança e outros sentimentos são descarregado no corpo, daí vem as dores generalizadas e dores de cabeça (cefaleia), necessitando de ajuda profissional médica e psicológica.

7- Tensão na nuca e ombros

A depressão vem geralmente associado à ansiedade e muitas vezes para despercebido por um quadro ansioso. Atrapalhando o tratamento ou a procura por ajuda. O estado de alerta e nervosismo reflete na musculatura em geral, principalmente ombro e nuca. Muitas vezes essa tensão gera " cefaleia occipital" dor na nuca, e erroneamente atribuída à alteração da pressão arterial, sendo tratado com anti-hipertensivos. 

8- Mudança no apetite e peso

A depressão pode gerar tanto a falta (hiporexia) quanto o excesso de apetite (hiperexia), determinando a perda ou ganho de peso. A anorexia e bulimia são casos à parte e diferentes, porém podem levar a depressão.

9- Imunidade baixa


A fadiga, má alimentação, sono de má qualidade e descargas descontroladas de hormônios afetam a ação e produção das células de defesa, diminuindo a imunidade, favorecendo infecções diversas. 



10- Irritabilidade


Muitas vezes pode ser confundida com a personalidade da pessoa. Alterações do humor ao longo do dia podem variar de tristeza, euforia e irritabilidade fácil.
Importante é reconhece que a depressão nem sempre apresenta os sintomas típicos de tristeza exacerbada, sendo importante reconhecer outros sintomas e procurar ajuda médica. As pessoas no circulo de amizade podem reconhecer isso melhor que o paciente, e portanto não deve julgar, e sim incentivar o tratamento. A depressão já foi muito mal compreendida no passado, sendo os paciente alvos de preconceito. Hodiernamente, com todo conhecimento sobre a doença, é inaceitável qualquer tipo de preconceito relacionado a depressão e quando ele ocorre, é fruto de má informação ou ignorância sobre o tema. portanto este artigo tem a função de informar.


"Quero dizer que os buracos negros não são tão negros como antes imaginávamos. Não são prisões eternas, como antes pensávamos. Eles têm uma saída que, talvez, leve a algum outro universo. Se você se sente como se estivesse em um buraco negro, não se desespere, existe uma saída"
( Resposta de  Stephen Hawking quando perguntado como ele lida com problemas difíceis)

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sábado, 30 de julho de 2016

CANDIDÍASE VAGINAL: COMO SABER SE VOCÊ TEM


A Candidíase vaginal, também chamada de vulvovaginite por cândida ou monoliase vaginal, é uma micose provocada pelo fungo da espécie cândida ou monília que causa um corrimento espesso, grumoso e esbranquiçado com irritação local além de coceira.

O QUE CAUSA A CANDIDIASE VAGINAL?
Candida albicans, o seu principal agente, é um fungo comum da flora vaginal, estando presente em 20% das mulheres. A doença só surge quando a população de cândidas colonizando a pele aumenta mais que o normal como em uso de antibióticos, anticoncepcionais com elevadas doses de hormônios, relações desprotegidas com parceiro contaminado, duchas vaginais em excesso, gravidez, diabetes, alterações do sistema imunológico, uso de glicocorticoides, uso de vestuário inadequado (roupas apertadas, biquínis, roupas de academia, entre outros). Portanto, ter Candida albicans colonizando a região genital não significa necessariamente que a mulher terá a doença candidíase.
Por tanto a candidíase não é considerada para muitos autores uma doença sexualmente transmissível (DST). Ela pode até ser transmitida pela via sexual em alguns casos, mas na maioria das vezes o fungo tem origem na própria pessoa, geralmente do trato gastrointestinal. Tanto é que mulheres virgens ou sem relação sexual há anos podem ter episódios de candidíase vaginal.
SINTOMAS

 Os sinais mais comuns para essa doença são:
  • Corrimento esbranquiçado tipo um leite talhado;
  • Coceira;
  • Escoriações na região vulvar;
  • Coloração vermelha na vagina;
  • Dor ao urinar (disúria);
  • Dor na relação sexual (dispareunia)
Em casos extremos, a candidíase pode causar úlceras.

DIAGNÓSTICO:
 É feito por história clínica completa, analisando os sintomas, exame clinico ginecológico e microscópico, pois os sintomas muitas vezes podem aparecer somente no período de fluxo menstrual. O exame Papanicolau pode fazer a detecção detectar a presença de hifas do fungo. Entretanto, o corrimento as vezes é tão característico e os sintomas tão típicos que permitem inferir o diagnóstico.

TRATAMENTO DA CANDIDÍASE VAGINAL
Recomenda-se alguns cuidados como:
- Usar preservativos
- Não usar desodorantes íntimos
- Abstinência sexual durante o tratamento
- Não praticar duchas vaginais
- Evitar vestuários inadequados, apertados e de alguns tecidos que geram mais calor.
O tratamento medicamentoso está indicado na presença de sintomas. E se baseia no uso de medicamentos antimicóticos por via oral e/ou vaginal.

O fluconazol, itraconazol, clotrimazol, Miconazol, Nistatina e Terconazol.

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